Após os 7 a 3 no Ba-Vi de domingo, estopim de uma crise que envolve Marcelo Guimarães Filho nas esferas administrativa, política e criminal, estouraram manifestações de torcedores pedindo a renúncia do presidente do Bahia.
Um dos principais movimentos, batizado "Bahia da Torcida", organizado por forças políticas suprapartidárias e empresariais, será deflagrado nesta sexta-feira, 17, às 18h, junto com o lançamento de um manifesto de democratização do clube.
O local alugado foi o auditório da Arena Fonte Nova - por simbolismo com a história tricolor. O movimento exigirá a renuncia do presidente, aprovação de um novo estatuto e a democratização do clube.
"Nossa principal força será a pressão popular contra Marcelo Guimarães Filho. É só ver as manifestações. Ele está encurralado. A situação é insustentável", diz Fernando Schmidt, ex-presidente tricolor (1976-1979) e hoje secretário estadual de Relações Internacionais.
Nos próximos dias, estão previstas ações publicitárias para adesão em massa do torcedor na causa. Haverá outdoors, anúncios em jornais e um vídeo publicitário nas emissoras de TV. A peça será dirigida por Marcio Cavalcante, o mesmo do filme "Bahêa, Minha Vida".
Além de Schmidt, outra liderança do movimento é o publicitário Sidônio Palmeira, dono da empresa Leiaute, que presta serviço de propaganda ao governo do estado.
"A principal bandeira do movimento é democratizar o Bahia de verdade. Por isso, será fundamental, e esta é uma meta nossa, reunir lideranças politicas de vários partidos distintos, artistas de várias vertentes e torcedores tricolores de um modo geral", afirma Sidônio.
Como convidados estão presentes lideranças como o ex-jogador Bobô, os senadores Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), o deputado federal Nelson Pelegrino, o estadual Uziel Bueno - autor da ação da CPI do futebol (leia mais abaixo) - Guilherme Bellintani, secretário municipal de desenvolvimento, Saul Quadros, ex-presidente da OAB na Bahia, e a primeira-dama Fátima Mendonça.
O ex-jogador e deputado federal Romário (PSB), o governador da Bahia Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) ficaram de confirmar presença.
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